Poiso num banco envolto em melancolia,
As folhas secas já começam a acumular,
Relâmpagos cortam a noite em pleno dia,
Para doces sonhos e esperanças eu vislumbrar.
Sob uma ponte de um passado já vivido,
Corre outra vez a velha ria adormecida,
Cada faísca me fere o corpo entorpecido,
Num estilhaçar em minha inata nostalgia.
Amanhece o Outono de novo em teu olhar,
Conservo intacta a felicidade aprisionada,
Becos escuros silenciados num esgar profano…
Incólumes faíscas de um outro relampejar,
Corrupta vaga neste horizonte assassinada,
Esvaindo em sangue a cor insana do oceano!!!
A. Victorino
Publicado no Blog "A Porta Verde do Sétimo Andar"
Publicado no Blog "A Porta Verde do Sétimo Andar"
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