O sol a morrer aos poucos,
Espalha seu sangue no céu,
A lua coberta com um véu,
Se aproxima lentamente,
E em todo o firmamento,
Se ouve aquele lamento,
Dos amantes em loucura,
Molhados pelo luar,
Que se embarga ao despertar.
E do sol que se esvaiu,
Só resta um ténue resquício,
Adormece quase a medo,
Deitado em quente penedo,
Onde sua auréola caiu.
A noite abraça os dois corpos,
Que se amam loucamente,
Embriagados pelo sonho...
Oh Lua espera um momento,
Não te vás já por favor,
Deixa sonhar o amor,
O Sol já vem quente e firme,
E quando a Lua beijar,
Os amantes vai acordar.
O sol não quer vir ainda,
Pede à Lua para ficar,
Juntos se abraçam num esgar,
Dois corpos ainda a suar,
Deixando o sonho voar!
O Sol vem beijar a Lua,
Quais amantes casuais,
Se encontram na mesma rua,
No raiar de um dia mais!
A. Victorino
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