Mar calmo de ondas mansas,
Onde cheguei tão cansada,
Este corpo maltratado,
A pedir pouco do nada.
Água benta a exorcizar,
O desconforto da mente,
As mágoas, não vão quedar,
O tormento persistente.
Dei um mergulho bem fundo,
Como quem quer afogar,
Toda a maldade do mundo,
Morrer no fundo do mar.
Leve, leve como uma pluma,
Ser leveza a flutuar,
Fundir-me com branca espuma,
Alma… começa a clarear.
De desespero é o choro,
Não mais, que ensaio vocal,
Gaivotas cantam em coro,
Antevendo o temporal.
Mais tarde, um pouco mais tarde...
Conheço o brilho do céu...
O som do silêncio cobarde,
Que da minha força é réu.
Um dia... Hoje sei quando…
Meu corpo e alma curados,
Partimos com o comando,
Dos sonhos reencontrados!!!
A. Victorino
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