Hoje a noite é de breu,
Difícil já é passar,
Sem um carinho teu.
Ontem deixaste a promessa
Eu sei que o vazio é breve,
E que voltarás depressa.
Mas…
A dor da tua ausência…
Oculto-a nos rabiscos que pinto,
Enquanto as estrelas lá fora,
Revelam a luz da aurora,
Brilhante como eu te sinto.
A dor da tua ausência…
Descubro-a nos soluços cavados,
Que sobressaltam meu chão,
Sismos que ameaçam calados,
Esta terra de ilusão.
A dor da tua ausência…
Entrego-a na lágrima obstinada,
Que nasce no rincão oculto,
Desta planície do nada,
Onde antevejo teu vulto.
A dor da tua ausência…
Deslaço-a agora em mim,
Colo de quimeras mil,
Encontro os pastos de Abril,
Livres da abstinência,
A Ausência chegou ao fim!!!
A. Victorino
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