Imagem criada pelo meu filho em 08/09/2010
Dizem que o amor é cego,
de coração nas mãos, eu não nego,
por isso quis que enxergasses:
não tenho bens nem alqueire,
eu não sou flor que se cheire!
Meus versos são pobrezinhos,
tenho ideais columbinos,
qual imatura donzela,
Que se opõe ao que contempla
Com os dedos apaga a vela
E os mistérios que inventa!
Às vezes me torno chata,
Por pouca coisa me grilo,
Teimosa que nem uma gata,
Em forte estado de cio,
Sei que sou péssimo exemplo,
Eu não sei se valho a pena,
Mas no fundo o amor encena,
E para encurtar a prosa,
No teu corpo me evaporo,
E a minha paixão por ti,
Neste meu livro aprendi,
Só sei que nesta lição,
Eu seguro em cada mão,
O que sai de cada poro,
Desse teu corpo que adoro,
Amo essa louca paixão,
Com que enrolas o meu aro.
Com o coração me amparo,
Com o coração em vão,
Com o coração na mão!
A. Victorino
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