É ignóbil a excitação dos sentidos,
quando tu, tão omnipotente e tão frágil,
te deitas e permaneces na minha ausência.
Este impulso voraz e ígneo,
faz-me querer estilhaçar esta redoma
e perder-me na tua lúbrica essência.
Não espero, nem receio a morte física!
A força deste renascer é inapagável,
como um trovão fendido na tua existência.
Juntos iremos pelo íngreme novelo,
E não haverá nem asco nem esgar,
que aparte um só fio no emaranhado de nós!
Será então exequível o que pretendemos:
colher os frutos pouco a pouco plantados,
para eternamente vivermos esta lenda, a sós!
A. Victorino
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