Pedi-te paz…
Quando fugazmente me surgiste do nada;
Pedi-te paz…
Quando quiseste instalar-te em minha vida;
Pedi-te paz…
Aquando do olhar perturbador que me penetrava;
Pedi-te paz…
No toque lépido da face fria e sofrida;
Pedi-te paz…
No silêncio da noite por que tanto ansiava;
Pedi-te paz…
Quando meu coração dançou numa nova batida;
Pedi-te paz…
E o vento quente afastava a aparente calmaria,
O mar puxava-me para conhecer uma nova vaga;
Impossível lutar contra o que tua mão afaga;
Mergulhei de novo em tão magnética euforia!
HOJE….
HOJE JÁ NÃO TE PEÇO PAZ!
Quero perder-me nesse teu lago profundo,
Não quero mais deter esta inquietação;
Quero sentir revolto, o teu no meu coração;
Quero-te intenso, inquietando meu amorfo mundo!
A. Victorino